Esponja gigante encontrado ao largo da ilha do Faial

Recife de corais a 930 metros de profundidade a oeste do Faial-Açores

Os Jardins Submersos dos Capelinhos

Imagens registadas durante a expedição MARE@ Porto Santo 2020

Mapeamento de habitats

A nossa atividade principal consiste na video-documentação sistemática e na caracterização de fauna e habitats nas profundidades desconhecidas dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, entre 300 e 1000 metros.

Primeiro, é feito o mapeamento com o sonar multifeixe em áreas pré-definidas, para detetar zonas de potencial interesse. A seguir, são definidos transectos para a recolha de imagens de vídeo georreferenciadas com o submersível LULA1000, com o objectivo de documentar os habitats e a fauna da área em questão.

Os dados e imagens resultantes destes transectos são utilizados para fins científicos, educacionais e para documentários sobre a natureza e o mar.

Cada mergulho traz novos conhecimentos e imagens de espécies que raramente ou nunca foram documentadas em seu habitat.

Durante os mergulhos, alguns dados oceanográficos adicionais são recolhidos: CTD (condutividade, profundidade, temperatura), pH, oxigénio, turbidez, dados de posicionamento (posição geográfica), amostras de organismos.

Vários sítios de relevância ecológica têm sido descobertos pela equipa do LULA1000, entre outros um extenso e diversificado recife de corais de águas frias a 930 metros de profundidade a oeste do Faial-Açores, outro recife de coral, no Mont´Ana*, e vários sítios considerados ecossistemas marinhos vulneráveis, como por exemplo jardins de corais e campos de esponjas. Também foi descoberto um jardim de corais moles a oeste do Vulcão dos Capelinhos, o primeiro registado nos Açores.

Em outubro de 2020, durante os primeiros mergulhos de caracterização de habitas realizados em águas fundas do Porto Santo, no âmbito do projeto MARE@ Porto Santo 2020, a equipa do LULA1000 conseguiu documentar vários ecossistemas de interesse para a conservação.

 

*Tempera et al. An Eguchipsammia (Dendrophylliidae) topping on the cone. Mar Biodiv 45, 3–4 (2015).